Foi em pleno 20 de setembro que o Centro de Liderança Pública (CLP) divulgou uma lista capaz de levantar a autoestima dos gaúchos. O Ranking de Competitividade dos Estados 2017, feito em parceria com a Tendências Consultoria e a Economist Intelligence Unit, mostrou o Rio Grande do Sul subindo duas posições na classificação geral. A façanha é bem relativa: o avanço foi de nono para sétimo. A melhor notícia são as causas: o Estado se destacou em inovação.
O ranking considera 66 indicadores em 10 pilares. O da inovação inclui três indicadores: patentes, produção acadêmica e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Com bom desempenho em produção acadêmica e patentes, o Rio Grande do Sul avançou uma posição e se tornou o primeiro colocado. Como nada é perfeito, houve piora em investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o que fez o RS perder duas posições em relação à edição de 2016 nesse item.
Além da inovação, o Rio Grande do Sul conseguiu melhorar em infraestrutura, um dos com maior peso na contagem. No indicador "qualidade das rodovias", o Estado subiu 10 posições. Sim, imagine os demais.
Não fosse a credibilidade que precede tanto a Tendências quanto a Economist Intelligence Unit (EIU), base de dados respeitada em todo o planeta, ligada à revista britânica homônima, o dado seria visto com mais desconfiança.
A justificativa do CLP para esse resultado que desafia a experiência dos gaúchos nas estradas são projetos de manutenção, recuperação e obras de ligação entre municípios e rodovias realizados em 2016. O estudo cita a RS-640, entre São Vicente do Sul e Rosário do Sul, além de outras 20 rodovias. O Rio Grande do Sul ocupou as três primeiras posições, ainda, nos pilares de eficiência da máquina pública – de novo, imagine os demais – e sustentabilidade social. A pior posição nos 10 pilares é óbvia: 26º em equilíbrio fiscal.