Afinal, quais são os limites do aproveitamento econômico da Amazônia? A extinção por decreto da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) dominou o debate nacional ao longo da semana e terminou, desta vez, com um saudável recuo do governo federal. A suspensão da medida por 120 dias não termina com as suspeitas e ameaças, mas permite uma discussão mais profunda sobre um tema que precisa ser melhor conhecido. Essa seleção de filmes permite uma abordagem inicial.
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Fitzcarraldo (1982)
Movido pelo sonho de construir um teatro de ópera no meio da selva, o protagonista se lança em uma série de empreendimentos na selva, de uma estrada de ferro até uma fábrica de gelo. A logística faz todos fracassarem, mas ele ainda teima em levar um barco de 340 toneladas pela floresta amazônica, tentando uma nova rota para transportar borracha.
A Floresta de Jonathas (2013)
Uma família que sobrevive na atividade tipicamente extrativista na Amazônia, colhendo e vendendo frutas regionais tem contato com turistas globais em busca de aventuras na floresta a partir de uma barraca de frutas na beira da estrada. A experiência de um acampamento na selva promove um encontro com a natureza e todas suas faces.
Amazônia Eterna (2014)
Para quem pretende temperar leveza com mais informação, esse documentário apresenta uma floresta de verdade, ao menos sob determinado ponto de vista. Contempla iniciativas que aliam com sucesso ecologia e economia. O filme tem patrocínio da Vale, mineradora que atua na região, mas optar por focar em atividades sustentáveis.
O Abraço da Serpente (2016)
A fama de fonte inesgotável para a biotecnologia da Amazônia inspira essa história de um cientista doente que busca na floresta uma planta que pode curá-lo. Indicado ao Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro, é baseado nos diários dos cientistas Theodor Koch-Grunberg e Richard Evans Schultes e tempera ciência com misticismo.