Uma das consequências da crise do século no Brasil foi a quebra de empresas. Muitas tiveram de recorrer a mecanismos legais tanto para manter as atividades mesmo com alto endividamento (recuperação judicial) quanto para encerrar operações (falências).
Desde 2015, o número de atingidas só subia. No período de janeiro a maio de 2017, a tendência refluiu, ao menos em pedidos de recuperações judiciais: houve queda de 24% em relação ao mesmo período de 2016: 574 ante 755. É uma volta a 2015, primeiro ano de forte recessão, quando o problema começou a se consolidar.
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Como o volume caiu, apesar de alto, é um indicador de "despiora". Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o recuo dos pedidos de recuperação no início de 2017 é um sinal importante, embora tenha havido mais 3% de falências requeridas do que de janeiro a maio de 2016.
No Rio Grande do Sul, porém, levantamento da Corporate Consulting em parceria com a Serasa Experian aponta que 32 empresas gaúchas tiveram falência decretada no primeiro trimestre – ainda sem o dado de maio. É alta de 68% em relação ao mesmo período de 2016.