Em passagem pela PUCRS, na noite de segunda-feira, Sergio Moro falou sobre crimes financeiros apontados pela Operação Lava-Jato, mas evitou mencionar nomes de pessoas e empresas investigadas. Ao longo de mais de duas horas, o juiz também tomou outro cuidado: o de citar apenas processos já julgados, conforme alunos do curso de pós-graduação que participaram da aula.
– Ele procurou ficar dentro do tema da disciplina (Direito e Crimes Financeiros). Mas é claro que havia espaço para perguntas, e algumas foram sobre sua personalização – conta o administrador Patrick Duarte.
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O juiz que se tornou a face da investigação também recomendou leituras aos alunos. Um capítulo do livro Cosa Nostra: o Juiz e os Homens de Honra, do italiano Giovanni Falcone, foi uma das sugestões.
– Ele foi natural. Não usou linguagem excessivamente técnica, o menos juridiquês possível – afirma o estudante.
Colega de Duarte no curso, a economista Fabiana Araújo de Lima comenta que Moro terá outro encontro com a turma nesta terça-feira. E classifica o perfil do grupo como "bem diverso". Em escala de zero a 10, a aluna dá nota máxima para o professor. Duarte é mais ousado:
– É um grande professor. Nota 11 é pouco. É mil.