Não é só pensando no ambiente que o BNDES decidiu focar esforços em energias limpas. Desde o final do ano passado, o banco tem priorizado projetos de energia eólica e solar e deixado de financiar térmicas a carvão e a óleo.
Números divulgados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos mostra que são justamente as alternativas menos prejudiciais à natureza que mais geram empregos por lá. Sozinha, a solar promove mais postos de trabalho do que as indústria de carvão, petróleo e gás natural combinadas e representa – a fotovoltaica e a concentrada – 43% da força de trabalho da geração de energia elétrica.
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A razão para o resultado positivo é bastante simples: o avanço da tecnologia permite melhor armazenamento da produção gerada e estimula o uso em residências e locais públicos. Não à toa, projetos de instalação representaram a maior parcela de empregos solares. Quatro em cada 10 trabalhadores estão envolvidos com isso.
O Ministério de Minas e Energia não tem dados do mercado brasileiro. A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) estima potencial para geração de pelo menos 60 mil vagas até 2018 com projetos contratados via leilões. No certame cancelado pelo governo federal em dezembro, o Rio Grande do Sul tinha 27 projetos eólicos cadastrados e nenhum de fonte solar.