O proprietário dos shoppings Gravataí e Lajeado se manifestou pela primeira vez após a Justiça decretar falência da Magazine Incorporações, considerada a empresa carro-chefe do M.Grupo.
Lojistas do complexo comercial de Gravataí reclamam de que o empreendimento teve o fornecimento de luz cortado pela RGE por falta de pagamento da administradora. A dívida gira em torno de R$ 1,79 milhão.
Por meio da assessoria de imprensa, a direção do M. Grupo afirma que está fazendo um relatório financeiro com todos os recebimentos – por loja – e todos os pagamentos realizados de 2015 até agora. Compromete-se ainda a apresentar qual o índice de inadimplência e quem são os lojistas que não estão pagando os aluguéis.
"O que se sabe é que muitos lojistas que estão nas reuniões de protesto são inadimplentes", diz o texto.
A promessa é apresentar os números ao juiz, à imprensa e aos lojistas em assembleia, que será marcada "com urgência". Nenhuma data, no entanto, foi especificada.
O pedido de falência da empresa – decretado na semana passada – partiu de um credor. Além de solicitar informações sobre contas e bloquear bens, a juíza Giovana Farenzena nomeou um perito contábil, administrador judicial e leiloeiro para tratar da venda de ativos. Na sentença, argumentou que a empresa está em "estado pré-falimentar".
Enquanto isso, lojistas tentam encontrar solução para restabelecer o fornecimento de luz. Por enquanto, o funcionamento do comércio só é possível devido a instalação de geradores. A concessionária de energia afirma que não pretende renegociar o débito porque o acordo firmado, ainda em 2016, com a administração do shopping não teria sido cumprido.
Os comerciantes alegam que pagaram as contas em dia, contrariando a informação do M. Grupo e que o corte se deu devido ao alto índice de inadimplência.
O Shopping Gravataí gera cerca de 1 mil empregos, entre diretos e indiretos.
*A colunista Marta Sfredo está em férias