Custos de transporte, tarifas de portos e aeroportos e baixa eficiência do governo são apontados como os principais entraves para as exportações de empresas no Brasil e na Região Sul, revela pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nos três grandes obstáculos, a média nacional e o recorte de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são idênticos.
Uma característica particular do Sul é manter a taxa de câmbio como uma das 10 principais pedras no sapato dos exportadores.
– O câmbio não é capaz de mexer em problemas estruturais do Brasil – avalia o gerente executivo de comércio exterior da CNI, Diego Bonomo, ecoando avaliação anterior de José Augustro de Castro, da AEB.
Ao menos no patamar atual, o problema não é a cotação, porque não há uma ideal para todas as empresas. O que prejudica é a volatilidade – variar muito em pouco tempo –, lembra o executivo. Ao avaliar o quadro nacional, Bonomo ressalta que, na pesquisa anterior, em 2013, a taxa de câmbio era vista como o principal obstáculo – hoje é o 13º.
A desvalorização do real de cerca de 40% no período, pondera o especialista, evidenciou problemas estruturais, como leis antigas e burocracia, que poderão ser superados somente se o Brasil passar pela turbulência política.