Com o orçamento apertado entre inflação, juros e o aumento do desemprego, os brasileiros estão intensificando a retirada de recursos da poupança, uma saída para equilibrar as contas. De acordo com dados do Banco Central, em abril, a saída de recursos superou a entrada em R$ 8,24 bilhões. Foi o maior déficit para o mês desde o início da série histórica, em 1995.
A marca negativa se repete quando a comparação é feita com o acumulado dos quatro primeiros meses do ano.Desde janeiro do ano passado, apenas em dezembro o saldo da caderneta não foi negativo. Além dos fatores relacionados à crise – desemprego, redução na renda –, outro aspecto turbina os saques: o rendimento da poupança tem ficado abaixo da inflação desde o ano passado.