O ano de 2015 foi especialmente complicado para empresas que dependem dos consumidores do mercado interno. Enquanto a alta do dólar beneficiou o faturamento de exportadores, a alta da inflação e dos juros apertou o orçamento das famílias brasileiras.
Nesse cenário, o crescimento de 25% da Morata, marca do Grupo Todeschini especializada na fabricação de móveis modulados, destoa. Voltada aos consumidores da classe C, a marca conseguiu superar os desafios da crise e espera ter resultados ainda mais positivos em 2016.
Gestão com pé no varejo
Para o diretor da Morata, Rubem Boff (foto), o bom desempenho em 2015 passa, principalmente, pela mudança na relação com os clientes - tanto o varejo quanto os consumidores. O executivo, que assumiu o cargo no início do ano passado, atuou, antes, na área comercial e de compras da Colombo.
A experiência, explica ele, permitiu "levar a dinâmica do varejo para a indústria". Boff estreitou o relacionamento da Morata com as redes de lojas parceiras, oferecendo, inclusive, consultoria para turbinar as vendas.
Momento transitório
A Morata percebeu uma transição no perfil de seus clientes em 2015. Além de atingir com força as famílias que ascenderam economicamente nos últimos anos, a crise mudou o comportamento dos consumidores com maior poder aquisitivo, que também precisaram conter gastos.
Em momento de orçamento mais apertado, explicam Boff e Luciane Paim (foto), da 8 Total Brand - responsável pela reformulação da marca ao longo de 2015 -, a procura por móveis modulares, que podem ser levados de um local para outro, aumenta.