No imaginário colorado, uma das campanhas mais marcantes do Inter nos últimos tempos deu-se na Libertadores de 2015, quando o time, comandado por Diego Aguirre, alcançou as semifinais da competição. Foi o mais longe que o clube chegou na última década, inclusive. Passados seis anos, o mesmo treinador lidera a equipe na fase de mata-mata da edição de 2021 para, quem sabe, sair da condição de postulante para candidato ao título.
A relação de Diego Aguirre com a Libertadores é antiga. Como jogador, cravou seu nome na história do Peñarol ao marcar o gol da conquista da América por parte do clube uruguaio em 1987. Em três finais contra o América de Cali, ele anotou no segundo jogo e na partida decisiva.
Mal sabia o Peñarol, um pentacampeão da América, que aquela seria sua última taça de Libertadores até os dias de hoje. Voltou a ficar próximo da conquista somente em 2011, quando coincidentemente Diego Aguirre era o treinador. Nas finais contra o Santos, de Neymar e Paulo Henrique Ganso, o clube teve que se contentar com o vice.
Diego Aguirre comandou, além de Inter e Peñarol, mais dois clubes na história da Libertadores: Atlético-MG e San Lorenzo. Com o Galo, teve uma das melhores campanhas da fas e de grupos em 2016, eliminou o Racing nas oitavas de final, mas caiu diante do São Paulo na fase seguinte.
Já com os argentinos do San Lorenzo, o roteiro foi parecido em 2017. Classificou-se como líder de sua chave, despachou o Emelec nas oitavas de final e acabou caindo para o Lanús nas quartas de final, adversário que faria a final da Libertadores com o Grêmio posteriormente.
Desde então, nos últimos quatro anos, Aguirre não esteve presente em jogos da Libertadores. Chance agora proporcionada pelo Inter com a confirmação de seu retorno ao Beira-Rio. É favorito para ganhar? Talvez bem longe disto. No entanto, as possibilidades aumentam em uma etapa do torneio em que o sistema passa a ser eliminatório. O primeiro desafio é nessa quinta-feira (15), contra o Olimpia, no Paraguai.
Números de Diego Aguirre como técnico na Libertadores
- 58 jogos (12 Inter*, 26 Peñarol, 10 Atlético-MG e 10 San Lorenzo)
- 29 vitórias
- 10 empates
- 19 derrotas
- 94 gols marcados
- 80 gols sofridos
- 55,7% de aproveitamento
Campanhas de Aguirre por edição de Libertadores
- Fase de grupos em 2003
- Fase de grupos em 2004
- Vice-campeão em 2011
- Semifinalista em 2015
- Quartas de final em 2016
- Quartas de final em 2017
*Para efeito de curiosidade, contam-se aqui os jogos do Inter contra o Tigres, em 2015, nos quais Aguirre estava suspenso pela Conmebol