No fim do ano de 2015, Fernando Bob terminou o Brasileirão como um dos destaques da Ponte Preta. O bom rendimento do volante despertou interesse de grandes clubes brasileiros. A disputa foi ganha pelo Inter, que deu um "chapéu" no Palmeiras e contratou o jogador. Um vínculo de três anos que se mostrou bastante oneroso aos cofres colorados.
A notícia desta semana é que Fernando Bob venceu, em primeira instância, uma ação trabalhista contra o Inter em função de atrasos no pagamento da rescisão de contrato que ocorreu dois anos atrás. O clube foi condenado a pagar cerca de R$ 700 mil, mas ainda irá recorrer da decisão.
No pacote, é possível avaliar o custo da passagem de Fernando Bob por Porto Alegre. Por conta do leilão citado acima, o Inter teve de desembolsar uma boa quantia para contratar o volante no fim de 2015: R$ 2 milhões, por 50% dos direitos econômicos e contrato de três temporadas. Conforme fonte que trabalhou na gestão passada do futebol colorado, seu salário era de R$ 180 mil.
Fernando Bob disputou 37 jogos com a camisa do Inter, marcando apenas um gol (no empate em 2 a 2 com o Fluminense, em 2016). Iniciou bem como titular, foi campeão gaúcho, mas fez parte do grupo que acabou rebaixado para a Série B. Em 2017, foi usado como moeda de troca, sendo emprestado para a Ponte Preta, o que facilitou a contratação de William Pottker. Em 2018, ficou treinando em Alvorada com outros jogadores fora dos planos do clube, como Seijas, Anderson e Eduardo Henrique, até ter seu contrato rescindido antecipadamente, no fim do mês de julho. Neste período de quase três anos, sofreu ainda com recorrentes lesões.
Em uma conta superficial, sem atentar-se a questões trabalhistas, como férias e décimo terceiro, bem como o acordo de empréstimo em 2017 à Ponte Preta, Fernando Bob valeu mais de R$ 8 milhões aos cofres colorados, somando-se o valor pago para contratá-lo, os vencimentos mensais e a ação trabalhista perdida. Ao relacionar isso tudo às partidas disputadas pelo volante, cada jogo custou mais de R$ 200 mil.
Parece ser apenas mais um erro de gestão da antiga diretoria do Inter, que segue assombrando os colorados quase quatro anos depois.