A estratégia é bem manjada. Experts na arte de se comprometer apenas com obviedades e platitudes, como “melhorar a  educação e a segurança”,  candidatos evitam assumir posições claras para não entrar em polêmicas e perder votos. Como tentativa de se extrair algo concreto, aqui vai uma compilação de questões que o eleitor deveria ver respondidas, sem tergiversações, não só por quem aspira a dirigir Porto Alegre, mas também outras cidades.

– A atual estrutura de impostos é suficiente ou vai mexer nela? Se sim, como?

– Algum imposto vai ser criado, aumentado ou reduzido?

– Qual a  sua estratégia para, no médio e longo prazos, gerar mais renda para os cidadãos, para a cidade e, portanto, para os cofres municipais?

– Vai ampliar, manter ou reduzir incentivos fiscais e isenções? Se sim, quais, onde e para quem?

– Vai privatizar? Se sim, o quê?

– Vai mexer no plano diretor? Se sim, como?

– Vai cercar parques?

– Vai criar parques? Se sim, onde?

– A guarda municipal poderá usar armas de fogo?

– Vai liberalizar, restringir ou manter o regramento sobre poluição visual, inclusive placas de publicidade?

– Vai mudar o recolhimento do lixo? Se sim, como?

– Vai instalar mais pardais?

– Vai instalar mais ciclovias e faixas exclusivas para ônibus?

– Que obras serão prioridade máxima, acima de todas as outras?

– Vai restringir, manter ou ampliar as áreas de estacionamento pago?

– Que medidas práticas, e realistas, devem ser tomadas em relação a flanelinhas, pichações e o emaranhado de fios nos postes?

– Como a prefeitura deve agir em relação a pessoas que vivem nas ruas?

– Vai proibir moradias e retirar as construídas em áreas de risco?

– A prefeitura deve usar dinheiro público para promover eventos de teor ideológico, como o Fórum Social, de esquerda, ou o CPAC, de direita? Se sim, os recursos serão usados para todas as correntes políticas ou só para as que o apoiam? 

Correção: na coluna da semana passada, constou que não há concurso para filhos de brigadianos e bombeiros militares nos Colégios Tiradentes. Esses estudantes não entram na concorrência geral com os demais candidatos, mas  também participam de um processo seletivo.