O prenúncio de hecatombe era mesmo alarme falso. Como sempre ocorre em grandes eventos, o noticiário negativo precede o fato em si. Como não havia muito o que explorar sobre atrasos nos parques olímpicos, a turma do contra identificou no zika e na poluição da Baia da Guanabara o prenúncio do desastre no Rio 2016.
Os jogos estão longe de serem perfeitos, mas a ameaça do zika vírus só serviu para espantar milhares de turistas - os que vieram sequer podem ser apresentados aos mosquitos comuns, escassos no inverno carioca. E a poluição da Baía de Guanabara? A vela na Marina na Glória está espetacular, com o mais magnífico cenário que uma Olimpíada pode oferecer.
Problema mesmo é a dificuldade de comunicação entre estrangeiros e brasileiros monoglotas e a gentil desinformação dos voluntários. Mas nem de longe algo que se configure um desastre de imagem.
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A pão de ló
Os 15 mil jornalistas destacados para o Rio 2016 encontram pouco a reclamar. A grande maioria dos ônibus da imprensa que fazem a ligação entre parques olímpicos e hotéis é dotada de ar-condicionado e WiFi 30 mb. Eles trafegam nas vias olímpicas e raramente pegam engarrafamentos. Cada local de prova também conta com um centro de imprensa de primeira classe. E o café, combustível de uma cobertura exaustiva, é livre.
Cena carioca
A torcida brasileira não para de surpreender os de fora. No salto sincronizado masculino na plataforma de 10 metros, os juízes ouviam um sonoro "buuuu" cada vez que atribuíam uma nota baixa aos brasileiros. Não adiantou muito. A dupla do Brasil ficou em último lugar.
Vanuatu, Vanuatu!
Repescagem no remo, single-skiff masculino. Luigi Teilemb, um dos quatro atletas de Vanuatu, tenta se classificar. Ao passar pela arquibancadas do Estádio da Lagoa, ouve gritos de "Vai, Vanuatu!!" que provavelmente nunca mais serão ouvidos no Rio depois da Olimpíada. Ao cruzar pelo público na volta, Luigi sorria satisfeito. Acabou classificado para as semifinais.
