O congresso técnico dos clubes da Série A aprovou a ampliação no número de jogadores estrangeiros que podem ser relacionados por partida no Brasileirão, que passa de sete para nove. Essa mudança fortalece o futebol brasileiro. Não se trata da nacionalidade, mas da qualidade do jogador.
Por uma questão econômica, ficou mais fácil contratar jogadores sul-americanos. Na realidade local, Pavón e Borré tiram as vagas de Galdino e Luiz Adriano pela qualidade, não pela nacionalidade. Há o exemplo contrário também. O argentino Besozzi atrasou muito a utilização de Nathan Fernandes.
Está claro que, neste Brasileirão, o nível do campeonato vai aumentar bastante diante de tantos estrangeiros. Mas, a longo prazo, o problema vai aparecer. Menos espaço para novos jogadores, talentos formados com pouco espaço e um impacto direto na Seleção Brasileira.
A Itália passou por isso. Apostou em estrangeiros para fortalecer o campeonato e viu o prejuízo na seleção, quando ficou fora de duas Copas seguidas. A Liga Italiana, aliás, foi o exemplo dado pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, contrária ao aumento do número de jogadores de fora do país. Vale lembrar que os últimos resultados da seleção brasileira de base já preocupam.
O debate está posto e divide opiniões. O Inter é o time com o maior número de estrangeiros — nove no total. Se o clube acertar a contratação do lateral Alexandro Bernabei serão 10. E, se o jovem argentino ganhar a posição de Renê, o time poderá ter sete titulares estrangeiros: Rochet, Bustos, Mercado, Bernabei, Aránguiz, Valencia e Borré. Apenas Vitão, Alan Patrick, Mauricio e Wanderson os brasileiros.