Mais do que Luiz Adriano e Diogo Barbosa, alvos das torcidas de Inter e Grêmio no fim de semana, a maior responsabilidade pelos tropeços da dupla Gre-Nal no domingo (7) deve ser atribuída aos treinadores. Mano Menezes paga o preço pela previsibilidade no jeito de jogar e nas substituições. Renato Portaluppi parece não perceber os sinais que são mostrados e se mostra incoerente nas escolhas.
Na derrota para o São Paulo, o Inter pouco finalizou e outra vez cometeu erros defensivos. A marcação é falha e muito distante do adversário. Outra vez Mano optou por Luiz Adriano no comando de ataque. E pagou caro por isso. É como se não existisse um atacante naquele setor.
Nas trocas, fez o de sempre. Não há uma mudança diferente, uma alteração para deixar o time mais ousado. Por fim, na entrevista, cogitou a possibilidade de propor menos com a justificativa de se defender melhor. Aí está um problema, já que o time produz muito pouco. Nos últimos jogos fora de casa, o Inter não ganhou de ninguém.
Na Arena, o Grêmio foi facilmente envolvido pelo Bragantino no primeiro tempo. Diogo Barbosa foi driblado a noite toda e, no final, cometeu dois erros que custaram dois pontos. O lateral foi escalado e mantido nos 90 minutos por Renato, mesmo com os sinais apresentados na partida. O meio-campo parou de jogar há algum tempo pela característica dos jogadores. São lentos e sem intensidade.
Renato cobrou reforços, mesmo depois das 13 contratações feitas pelo clube. Disse não gostar de jogar com meias nas beiradas do campo, mas começou com Zinho bo banco, por exemplo. Gosta de ter a bola, mas recuou as linhas de marcação e foi atacado pelo Bragantino em casa. Há incoerência no disrcurso e nas decisões.
Torcemos que a Dupla melhore nos próximos jogos. O mês de maio é dos mais intensos e decisivos da temporada, e poderá definir o futuro dos clubes em 2023.