O acerto do Inter com o atacante Jean Dias, do Caxias, escancara um problema de formação na base colorada. Antes, faço o elogio ao jogador que é um dos nomes do Gauchão, afinal ele é protagonista na campanha grená com velocidade, dribles e gols. Mas não posso desconsiderar o fato de ser um jogador com 32 anos e que só agora se destacou na carreira.
Jean Dias será uma alternativa para o setor de ataque no time de Mano Menezes. Uma alternativa que o Inter não foi capaz de formar na própria base. Trata-se de um negócio barato, cerca de R$ 300 mil e é considerada pela direção colorada como uma oportunidade de mercado.
Jean pode dar ótimo resultado, mas não dá para descolar a contratação da falta de nomes oriundos da base. Lá, o Inter desenvolve um trabalho liderado pelo argentino Gustavo Grossi. Há dois anos ele comanda o processo de formação de jogadores, depois do sucesso obtido no River Plate. A promessa é de resultado a médio e longo prazo, mas o trabalho precisa ser cobrado.
A contratação de Jean Dias, que será segundo ou terceiro reserva, é um exemplo disso. Há algum tempo não surgem na base jogadores de destaque, algo que notabilizou o clube ao longo da história.