Se Renato permanecer, poucas coisas devem mudar no Grêmio em 2023. Na prática, só o presidente. Pelas declarações, aparentemente o modelo e a gestão do futebol seguirão iguais: centralizado no treinador. É mais cômodo optar pela permanência, mas se a ideia for fazer diferente, com autonomia a diretores, o caminho deve ser outro.
O Grêmio padece de um departamento de futebol profissional e coeso. Com gerente, diretor, ou coordenadores para que, ao lado de Renato, liderem o processo de reconstrução do clube. Reconstruir significará contratar muitos jogadores e ter a habilidade de se desfazer de outros tantos que compõe o atual grupo. Isso é um trabalho para várias mãos.
Renato deve participar do processo e não centralizar o comando do futebol, como fez nas últimas temporadas. Oxigenar o elenco vai muito além da permanência de Edílson e Diego Souza, por exemplo. Tampouco da contratação de Nenê, do Vasco, jogador de 41 anos que teria sido procurado pelo atual técnico gremista.
Mais do que definir o novo presidente, os próximos dias vão definir os rumos que o Grêmio pretende seguir em 2023.