A situação de Edenilson no Inter ultrapassou qualquer avaliação técnica do jogador ou comportamental do torcedor. Diante do Bragantino, o meio-campista colorado foi irreconhecível e boa parte dos erros não está relacionada apenas a movimentos técnicos. O jogador está nervoso, inseguro, a bola parece queimar e por isso ele deve ser preservado. É o momento de protegê-lo e a melhor forma de proteção, no momento, é não escalá-lo.
Edenilson já foi o principal jogador do time em temporadas passadas, fez gols em Gre-Nal, perdeu e ganhou clássicos. Em 2020, foi o cobrador de pênaltis com melhor aproveitamento do país. Depois, errou cobranças em jogos importantes. Fez um gol que valeria título e que depois foi anulado. Em meio a tudo isso, faltou o mais importante: título. E aí, o futebol de Edenilson foi desaparecendo.
Os erros de passes curtos, ou as vezes em que se atrapalhou com a bola no jogo de quarta-feira, escancaram isso e vão além dá má fase. Edenilson foi muito vaiado no Beira Rio, do começo ao fim do jogo e isso pode ser evitado. Neste momento, jogar pelo Inter faz mal a Edenilson. Contra o Bragantino Mano deveria ter feito a substituição no intervalo. Preferiu não tirá-lo e o jogador foi tão mal na lateral, quanto no meio campo.
Faltam apenas 10 jogos e o melhor a ser feito pelo Inter é preservar Edenilson. Vai fazer bem para todos: time, jogador e torcida. O ciclo do camisa 8 colorado acabou.