Acho que ninguém mais aguenta falar, ler, ouvir sobre o corona.
Ninguém mais – eu pelo menos não – aguenta as opiniões, estudos, pesquisas, experiências, de grandes cientistas e médicos do mundo inteiro.
E poucos se interessam por receitas de charlatães, que vão de rezas, ervas, pílulas e sabe Deus o que mais. Tudo para evitar ou curar a maldita Peste, que mal se acende uma esperancinha num país, e se relaxam as regras, para tudo piorar de novo, orelhas e autoridades alertas – nesse inaudito jogo de vai e vem, abre e fecha, libera e estrangula, nós cada vez mais confusos e pobres e... doentes.
Não porque os cientistas sejam incompetentes, mas porque ninguém sabe direito que vírus é esse, que magias, que bruxarias e diabruras ele faz.
Pessoas aparentemente curadas depois de uma forma leve, de repente vão para o hospital e morrem, ou, vivas, apresentam graves sequelas – algumas permanentes.
A coisa não é brincadeira, nem mania, nem pânico, nem histeria. Nem adianta provar por estatísticas que tal e tal gripe ou diabetes etc. matam mais. Ou que em tal e tal país morrem menos ou mais. Tudo isso é tentativa de autoengano ou óculos cor-de-rosa.
Diminuiu um pouco? Em vez de mil e cem mortes diárias, agora são novecentas, por exemplo? Maravilha, vamos celebrar...
Vamos deixar de ser bobos agarrados freneticamente a alguma ilusão.
É sério. Fique em casa se puder. Use máscara sempre se tiver de sair de casa. Desista da bobagem de shopping ou passeios e festinhas e jantares fora, como se vivêssemos em tempos normais. Sim, muuuuito mais gente se cura do que morre. E daí? Vamos arriscar?
Estes não são tempos normais, nem vejo tempos normais tão cedo.
Melhor ficar sensato e tranquilo e saudavelmente resignado no melhor sentido. Sem dar murro em parede de concreto.
Mais cedo, talvez, poderemos retomar nossas vidinhas... saudáveis.
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Acabo de ver que nos Estados Unidos se apresenta a um público respeitável uma senhora que atribui o vírus a “influências do Diabo, ou DNA de alienígenas que nos foi mandado”. Pobres de nós.