Desejo a todos nós neste ano coisas menos e coisas mais. (Não coisa mais ou menos!)
Menos indiferença, mais atenção; menos preconceito, mais respeito.
Menos críticas e insultos, mais apoio e bondade; menos silêncio e isolamento, mais amizade leal.
Menos violência, mais esperança; menos doença, mais saúde.
Menos corrupção e cinismo, mais dignidade e decência; menos consumismo, mais espiritualidade; menos correria, mais família.
Menos egoísmo, mais entendimento da vida e dos outros, e da importância deles. Menos arrogância e mais humildade – que é irmã da lucidez.
Menos miséria e abandono, mais casa, saúde, escola, mais humanidade real.
Menos moradores de rua, mais projetos dignos de cada ser humano ter sua casa, seu abrigo, seu lugar no mundo, para si e sua família.
Menos individualismo estreito e mais possibilidade e alegria em ter parceiro e filhos. Menos futilidade e mais sentimento da riqueza de ter um filho, e do crescimento pessoal de quem o tem – desde que não seja um perfeito inútil.
Menos hostilidade entre indivíduos e entre grupos, entre países e nações, entre raças, cores, credos, origens, mais fraternidade e informação, pois o preconceito é irmão da ignorância... e de alguma perversidade também.
Menos posturas ideológicas fanáticas ou falsas, ou interesseiras, ou imaturas, elas podem facilmente promover injustiça e violência... mais entendimento, mais generosidade e maturidade.
Mais realismo, mais abertura, mais tolerância e de novo... respeito
Menos rigidez consigo mesmo, mais abertura para a imaginação, o sonho, os projetos, ainda que outros achem graça deles, desde que sejam mais ou menos possíveis... menos correntes e algemas que a gente mesma se impõe... e mais impulso de voar... ainda que no pensamento.
Menos farisaísmo ao se julgar os outros, de se achar superior, melhor, mais experiente, mais ilustrado... mais realismo, mais abertura, mais tolerância e de novo... respeito. Pois os fariseus dão prova de serem bobos.
Menos sofrimento inútil... mais abertura para o outro, saber recorrer a verdadeiros amigos, pedir colo, apoio, afeto, pois isolar-se pode magoar quem nos quer bem e se sente isolado.
Menos desespero, menos descrença, menos amargura ou ironia... mais confiança e fé, ainda que seja difícil.
Menos futilidade, menos consumismo, mais espiritualidade... irmã da paz interior. Que é meu primeiro e mais sincero desejo para todos nós.