Luís Augusto Fischer
Não sei decidir qual é o pior. Quatro graus de horror: (1) a jovem bem posta na vida que pediu e ganhou o dinheiro do auxílio emergencial, que não paga quem sabe nem uma ida ao seu cabeleireiro; (2) a advogada dela que, sabendo que era uma patifaria esse recebimento, aceitou ir ao juiz requerer que o caso, descoberto pela imprensa, não viesse a público; (3) o juiz que aceitou bloquear a imprensa nesse assunto, de visível sensibilidade pública dado o cenário atual, com empresas precisando parar de trabalhar e trabalhadores perdendo salário, tendo ao fundo gente morrendo aos milhares; (4) a juíza que, em grau de recurso, confirmou o bloqueio à divulgação.
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