Rafinha Bastos está de volta a Porto Alegre. Mais de 10 anos depois de sair da cidade em que morou até quase os 30 anos – “toda a minha noção de mundo construí na Gonçalves Dias entre a Caldwell e a Marcílio” –, o comediante volta para apresentar seu show Últimas Palavras, no domingo, às 20h, no Teatro da PUCRS (Av. Ipiranga, 6.681). É uma volta do humorista aos palcos.
– Nunca deixei de escrever humor. É basicamente o que eu sei fazer. Se parar, fico sem meu almoço. Passei algum tempo escrevendo pra outras plataformas que não o palco, mas quando a Netflix ofereceu um contrato para gravar um show novo, comecei a concentrar os meus esforços para voltar aos palcos. Eu deveria ter feito isso antes. É algo que me faz muito bem – diz, em entrevista por WhatsApp.
Por aqui, Rafinha vai fazer o que sempre soube fazer – desde os tempos da pioneira Página do Rafinha –, piadas com o cotidiano. Seja falando de política, assunto quase onipresente na atual rotina, ou não:
– O humor engajado politicamente não necessariamente é o que me faz rir, mas tem muito espaço e faz barulho. Eu respeito. Também dou minhas sapecadas na política de vez em quando – diz, antes de completar – Sapecadas... Eu tô muito velho.
E, além de tudo, tem a sensação de retorno:
– O que sinto é um carinho muito grande. É sempre muito especial voltar para casa e fazer show.