Temos um problema. Sou fã de Justin Timberlake. Portanto, qualquer coisa que ele faça há uma probabilidade grande de eu gostar. Por isso, para escapar da cilada, o melhor é comparar ele com ele mesmo, com outras fases. Observem algumas frases da imprensa internacional sobre Man of the Woods, quinto disco do cara.
"Justin Timberlake precisa de um novo gerente de marca" – The Philadelphia Inquirer
"Na pior das hipóteses, Man of the Woods é como ouvir as conversas entre os tipos de casais que saem com roupas combinando entre si" – Vulture
“Estamos chegando ao 12º ano da ilusão nacional de que Justin Timberlake continua a ser uma estrela pop essencial”. The New York Times
THE NEW YORK TIMES
Pegaram pesado, né?! Infelizmente, não.
Não sei o critério de avaliação deles, mas se foram como o que apresentei acima, estão certos. Estamos escutando o disco mais confuso de Justin. Há belas canções, Higher Higher é uma delas, mas parece que o cantor quis se distanciar do que deu certo, foi para o mato, como diz o título do álbum e toda a publicidade que cercou o lançamento. As músicas perderam algo legal de Justin: misturar soul, funk americano e ser pop. Ser simples.
Isso que pegou agora. Ele quer ser mais "limpo", mais, vamos lá, repetirei a palavra, "simples", mas não rolou. Perdemos o bass, a batida, a felicidade, a pompa. Sabe aquele seu amigo que perde 20 minutos se penteando para aparecer na festa parecendo que não deu bola para o cabelo? Aí está, esse é Man of the Woods. O disco tem quase todos os elementos modernos, mas nenhum está bem claro.
Justin Timberlake jogou tudo dentro da panela. Só faltou dar a pressão. Aposto que no próximo disco vai ficar mais clara essa ideia dele de não querer mais ser uma cria pop.
Mas o que o fã Potter achou?! Gostei! Mas nunca confie na opinião de um fã.