O vazamento do áudio de WhatsApp do coordenador da preparação física do Inter, Paulo Paixão, fazendo uma análise do grupo de atletas e citando os nomes de alguns jogadores que poderiam ser colocados em trocas no próximo ano — devido ao fim de um ciclo — trouxe um desgaste desnecessário no futebol colorado.
Na real, o experiente profissional não falou nenhuma mentira. Disse verdades que deveriam ficar no âmbito interno. Ele apenas fez uma leitura do cenário do Inter na temporada 2021. Não dá para esquecer a perda do Gauchão, eliminação para o Vitória na Copa do Brasil, e para o Olímpia na Libertadores. Evitar os equívocos na próxima temporada.
Por tudo que tenho lido aqui em GZH, ouvido dos colegas da imprensa e nas próprias manifestações dos torcedores em redes sociais e nos canais de interatividade, a avaliação é muito parecida. O Colorado carece de mais opções no grupo de atletas para o ano que vem. Alguns entregam menos do que deveriam. Não se faz um time vencedor apenas com a gurizada.
O grande problema do que aconteceu com Paulo Paixão é que todas estas questões colocadas no áudio não poderiam ser tratadas de forma pública. No ambiente do futebol, as vaidades são exacerbadas. Óbvio, que a manifestação acabou repercutindo muito mal em todas as áreas do clube. De atletas a dirigentes. Somente a saída do experiente profissional acalmaria o ambiente do vestiário. O que não muda é que Paixão é uma figura humana extraordinária. Tem uma história gigante no futebol. Vencedor. Não precisaria passar por essa situação, que acabou acontecendo. Uma pena.