O problema do Grêmio não será resolvido, com um passe de mágica, apenas com a saída de Luiz Felipe Scolari, demitido após a derrota para o Santos na Vila Belmiro. O diagnóstico geral do fraco desempenho gremista aponta para problemas mais profundos. A falta de qualidade do time é o que mais assusta. E a culpa da má gestão do futebol gremista, precisa ser assumida pelos dirigentes. Com certeza, o diagnóstico interno vai por esse caminho. Só não será assumido publicamente.
O desempenho do Tricolor na temporada 2021 tem sido pífio desde o período de Renato Portaluppi. Lembram como foram as atuações contra o Palmeiras na final da Copa do Brasil de 2020 disputada em fevereiro? Os paulistas não tiveram nenhuma dificuldade para ganhar o título. Depois teve a queda na pré-Libertadores. Passou por Tiago Nunes, com a eliminação na Sul-Americana e um início de Brasileirão com dois pontos somados em oito jogos. E tudo estourou no colo de Felipão, que caiu na Copa do Brasil e não tirou a equipe da zona do rebaixamento.
O treinador escolhido pela direção gremista até pode conseguir salvar o clube do rebaixamento. Na matemática ainda é possível. É muito difícil encontrar um profissional livre no mercado que aceite a bronca no atual contexto. Roger Machado e Mano Menezes não querem. Ambos não gostariam se assumir nessa altura do campeonato. Lisca é outra opção no mercado. É especialista em salvar equipes de situações constrangedoras. Gosto das ideias de futebol dele. Se chamado, aceita. E quem mais?
Penso que a escolha por Thiago Gomes, que está dentro do vestiário, conhece o grupo e é querido pelos atletas, parece ser a mais indicada para o momento. Solução caseira. Tudo vai depender do que acontecer contra o Fortaleza. A campanha vexatória do Grêmio no Brasileirão não tem explicação. O time não é tão bom para poder brigar pelo título da competição. Mas também não é tão ruim para estar quase todo o Brasileirão afundado no Z-4.