Na entrevista coletiva pós-jogo, o técnico Eduardo Coudet reclamou com veemência do estado do gramado da Montanha dos Vinhedos para justificar o desempenho do Inter. A verdade é que faltou futebol para o Colorado na segunda partida após a volta do Gauchão. Claro que é preciso dar um desconto na avaliação devido ao período de longa parada. O ritmo ainda não é o ideal. A intensidade projetada pelo técnico argentino não apareceu na Serra. Mas é preciso apresentar um pouco mais.
A partida acabou sendo uma espécie de vestibular. A opção inicial de escalação foi de uma equipe quase toda reserva — apenas Marcos Guilherme havia começado o Gre-Nal. Na primeira etapa, faltou criatividade e força ofensiva ao time colorado. Desempenho abaixo do padrão. Da formação que começou, Matheus Jussa fez uma boa estreia, mesmo atuando improvisado na lateral esquerda. O novo reforço pode ser um coringa para a zaga ou meio-campo durante a temporada.
Começando na lateral direita, Rodinei não aproveitou a chance de mostrar serviço na comparação com Saravia. Autor do gol colorado convertendo um pênalti, Pottker demonstrou a garra de quem quer recuperar o espaço perdido no Inter. Nonato e Patrick também estavam interessados no jogo. E só! Sarrafiore, mais uma vez, não aproveitou a oportunidade.
O desempenho do Colorado melhorou um pouco no segundo tempo com as trocas promovidas por Coudet. Thiago Galhardo — que deve recuperar espaço entre os titulares — e Peglow deram uma nova dinâmica a equipe. Praxedes acabou entrando muito no final da partida. Pouco pode fazer. Se a ideia era rodar o grupo, o guri poderia ter começado como titular, após ter entrado no clássico Gre-Nal.