Muitas vezes, os treinadores são muito teimosos. Quando encasquetam com uma coisa, é complicado mudarem de opinião. Todo mundo também sabe que a torcida perde a paciência com facilidade quando as coisas não saem conforme o esperado. Fazendo um mea culpa, tem momentos em que a imprensa pega pesado nas críticas. As três coisas se combinam o tempo inteiro no mundo do futebol.
Antes de Bahia e Grêmio, era consenso de que Pepê deveria estar no time titular no lugar de Alisson. Não tinha explicação deixar o guri no banco de reservas depois de fazer dois gols contra o Vasco. O atacante é o vice-artilheiro tricolor da temporada com sete gols. Renato Portaluppi bancou a permanência de Alisson. Foi dele o belíssimo gol que deu a classificação para a semifinal. O treinador gremista estava com a razão. Errei em criticá-lo.
Odair Hellmann foi bombardeado quando começou a se especular a entrada de Patrick na vaga de Nonato para começar o duelo de volta contra o Palmeiras, no Beira-Rio. O WhatsApp da Rádio Gaúcha entupiu de tantos recados criticando o treinador colorado. No Diário Gaúcho e aqui em GaúchaZH, cansei de repetir que era injusto sacar o guri da equipe titular. Patrick fez o gol da vitória e foi um dos destaques durante os 90 minutos. Até dá para esquecer que ele errou um dos pênaltis da decisão. Não fez falta.
Resumindo: treinadores, jornalistas e torcedores acertam e erram. Somos humanos. Nada melhor na vida do que reconhecer quando se erra e enaltecer quando alguém acerta. Odair e Renato: o campo mostrou que vocês estavam com a razão.