A atuação do Grêmio contra a Universidad Católica, no Chile, conseguiu ser ainda pior do que o desempenho no duelo com o Libertad, na Arena. Time lento, sem objetividade e cheio de erros de passe. Vários jogadores foram muito abaixo da normalidade e Renato Portaluppi demorou demais para mexer na equipe.
É preciso que o treinador gremista, com urgência, estanque os problemas e remobilize o elenco. Ele conhece o grupo gremista melhor do que ninguém, tem o respeito dos atletas e o respaldo da direção. Terá de agir logo. O primeiro passo terá de ser dado contra o São Luiz, no domingo (7).
A dupla Michel e Maicon não está funcionando. O time fica lento na saída de bola, porque os dois sentem fisicamente o ritmo das partidas. Por isso, é preciso injetar sangue novo. Já passou da hora de Matheus Henrique assumir uma posição no meio-campo. Não tem explicação o guri pelo menos não ter sido uma das três trocas feitas por Renato no transcorrer da partida em Santiago, quando as coisas iam de mal a pior.
Luan é um caso difícil de entender. Tem muita qualidade e está recuperado do problema físico da fascite plantar. Mas por que não consegue jogar o futebol que todos esperam dele? Ele tem de entender, de uma vez por todas, que é muito importante para o time do Grêmio. Dele se espera protagonismo. Não adianta ficar brabo com as críticas, faz parte do processo. Precisa dar resposta. Caso contrário, é hora de sentar no banco de reservas para refletir sobre o momento.
Renato também precisa resolver o problema do homem mais avançado do ataque. A partir de agora, é preciso dar sequência para Tardelli, mesmo que a sua atuação no Chile não tenha sido a esperada. Ele ainda está em processo de readaptação ao futebol brasileiro. É preciso dar tempo. Só que o esquema do Grêmio não privilegia os homens de frente. Não é por acaso que Vizeu e André têm dificuldade para marcar gols.