Se fôssemos escolher uma trilha sonora para a volta de Rogério Zimmermann ao Xavante, teríamos duas opções à disposição que teriam as letras caindo como uma luva para expressar o momento.
A primeira eleita seria o clássico de 1974 "O Portão", de Roberto Carlos, que diz: "Eu voltei agora pra ficar. Porque aqui, aqui é meu lugar. Eu voltei pras coisas que eu deixei. Eu voltei. Onde andei não deu para ficar. Porque aqui, aqui é meu lugar. Eu voltei pras coisas que eu deixei. Eu voltei".
Ou poderíamos escolher um sucesso do Lulu Santos da década de 1980: "Nós somos feitos um pro outro. Pode crer. Por isso é que eu estou aqui. E não há lógica que faça desandar. O que o acaso decidir".
Os dois casos mostram que as histórias de Zimmermann e Brasil-Pel se confundem. O treinador não consegue repetir em outros cantos os grandes trabalhos executado no rubro-negro. Assim como o Xavante viveu momentos incríveis sendo comandado pelo treinador.
A tarefa de Rogério Zimmermann será remontar o time do Brasil para a disputa da Série B. A gestão do treinador transcende outras áreas do clube. Detalhista, toma conta de tudo para sair conforme o planejado. Profissional perfeccionista e extremamente dedicado, passa horas trabalhando no Estádio Bento Freitas.
A campanha Xavante no Gauchão 2019 foi ruim após o vice-campeonato do ano passado. Correu sério risco de rebaixamento. O grupo foi remodelado de forma errada, e a aposta em um treinador de fora do Estado foi uma péssima ideia.
A vitória no Bra-Pel afastou o fantasma da Divisão de Acesso e ainda deixou a equipe com chance de classificação para as quartas de final. Como não rolou, é hora de rever o planejamento e buscar reforços.