Chegou a hora de o Grêmio entender os reais motivos por que perdeu para o Libertad. Os paraguaios foram personagens importantes nesta história. A estratégia montada pelo técnico José Chamot neutralizou a principal virtude gremista, que é a posse de bola e o troque de passes até deixar o adversário sem poder de reação. O Tricolor foi amarrado dentro da sua casa. É certo que outros adversários aparecerão pelo caminho com a mesma proposta.
Agora, a resposta do grupo de jogadores do Grêmio tem que ser imediata. O problema é que o próximo compromisso é nada mais, nada menos do que o sempre imprevisível Gre-Nal. Sendo orgulhosamente bairrista, é a maior rivalidade do futebol brasileiro. Absolutamente tudo pode acontecer. O favorito de hoje é o derrotado de amanhã. E o desacreditado do momento vira o algoz do rival lá na frente.
Maicon e Luan são fundamentais à boa dinâmica da equipe. Não estão rendendo. Por que não fazer uma experiência com Matheus Henrique e Jean Pyerre? Michel tem demonstrado problemas físicos. Não seria a hora também de Montoya ser testado para ter uma maior proteção de toda defesa, que pareceu exposta com a presença de Marinho?
Vizeu ficou abandonado no ataque. Pagou caro, sendo substituído no intervalo sem ter culpa. Adianta insistir com André? Quem sabe, dar mais rodagem para Tardelli, por mais que o plano inicial fosse colocá-lo aos poucos. Enfim, Renato Portaluppi terá que dar uma revisada em certos conceitos, pesar desempenhos e fazer alguns ajustes. Sem terra arrasada, é claro.
É importante saber os motivos quando se ganha e quando se perde. Todas as falas vindas do vestiário gremista indicam que o recado foi entendido. É fato que a régua de exigência para o Grêmio subiu com os rivais da Libertadores em relação ao Gauchão. Parodiando a canção "Roda Viva", de Chico Buarque, resta apenas saber se o Grêmio "estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu".