O Inter deu as caras no Brasileirão depois da enchente que arrasou o Rio Grande do Sul e do furacão que varreu seu vestiário. O 3 a 1 sobre o Juventude tem, além do simbolismo de nocautear o rival que o fez descarrilar em 2024, uma feição de um time mais próximo do que Roger costuma impingir em suas equipes.
O Inter teve alguns apuros apenas nos primeiros 20 minutos, nos quais Rochet evitou duas vezes o gol caxiense. A partir daí, o jogo foi todo de predomínio colorado.
O Juventude, depois da pressão inicial, baixou suas linhas à espera do contra-ataque. Usou o mesmo expediente de sempre e que fez dele uma das boas notícias deste ano no futebol gaúcho. Porém, dar a bola ao Inter foi um erro.
Tabata, Gabriel Carvalho e Wesley passaram a articular. Thiago Maia, mais adiantado, triangulou o tempo todo com Wesley e Bernabei. Outro ponto, a volta de Vitão deu ao Colorado uma saída de trás limpa e segura.
Há uma clara evolução no jogo dos treinados de Roger. Os dois duelos com o Cruzeiro, em que conquistou quatro pontos em seis, mostraram que o treinador havia encontrado um norte e definido um padrão.
O jogo de Minas, principalmente, resgatou muito da confiança, pelas circunstâncias. A noite de domingo (1º) no Alfredo Jaconi serviu como um passo a mais nesse processo de construção deste novo Inter.
Antes de o Juventude ficar com 10, pela expulsão de Rodrigo Sam, a vantagem de 2 a 0 estava cristalizada. O segundo gol veio em jogada treinada, de construção pelo lado, com três jogadores participando.
O terceiro, usando a vantagem numérica, teve participação coletiva, iniciando-se no lado direito de defesa e terminando no esquerdo. O que mostra a feição de um time mais fiel ao que já vimos de Roger.