Natã é daqueles jogadores que reescrevem o roteiro de sua própria história. Neste domingo (15), ele deve ser o titular contra o RB Bragantino. Ele esperou por dois anos a ascensão no grupo. Seu dia, ao que parece, chegou. Sem Kannemann e Gustavo Martins, lesionados, e com dúvidas ainda sobre o retorno de Jemerson e Ely, o jovem tomou à frente na disputa com Geromel.
Conheci Natã no Gauchão de 2022, quando a RBS passou a transmitir todos os jogos. Comentei muitas partidas do Aimoré naquele Estadual. Natã me chamou a atenção pela firmeza em campo, pela liderança, mesmo tendo apenas 20 anos, e pela força na bola aérea, apesar de ter 1m82cm. Ele estava no Aimoré desde a metade de 2021 e havia disputado Série D e Copinha.
O empréstimo foi a chance de mostrar que tinha espaço no Grêmio. Há um preconceito com zagueiros baixos, e sinto que ele sofreu um bom tanto com isso na Arena. Tanto que foi emprestado ao Aimoré mesmo tendo mais um ano de contrato apenas.
Acabou aquele Gauchão na seleção do campeonato, voltou e ganhou mais um ano de vínculo. Em outubro de 2023, prorrogou até 2026. Agora, ganhará a chance pela qual esperou por mais de dois anos.