A atuação em Córdoba ficou muito abaixo. O Inter tem ferramenta para entregar mais. Porém, também passam da conta as críticas a Eduardo Coudet. Há um exagero. Aliás, a trajetória de Coudet em Porto Alegre sempre foi marcada por uma exigência elevada.
Não há meio termo com ele. Ou ganha e apresenta um futebol de alto nível, como vinha fazendo desde sua chegada até a queda para o Juventude, ou vira o grande responsável por todas as mazelas do Inter.
O que passa batido, possivelmente por estarmos em abril, é que está em curso uma mudança de fotografia no Inter. Até o Juventude, o time era o mesmo de 2023, com a única troca de Johnny, vendido, por Bruno Henrique. A partir do Belgrano, os reforços trazidos para entrar no time em 2024 começaram suas trajetórias no Beira-Rio.
Só na partida na Argentina foram trocadas quatro peças e mexidos todos os setores. Dessas quatro peças, três vinham de pouca minutagem. O que mexe no processo coletivo. Mas como em futebol, muitas vezes, o jogo é visto de maneira individual, esses pontos centrais de uma formação de time passam batido. O fato é que só agora, pela chegada depois da janela do Gauchão, é que a versão 2024 do Inter começou a ser moldada.
O jogo contra o Real Tomayaco será mais uma chance para ajustar este novo time, possivelmente, com a entrada de Enner. É claro que o tempo corre contra, depois disso, tudo será Brasileirão.