Foi uma noite de estreias e de classificação. O Inter avançou à terceira fase da Copa do Brasil, engatou sua 10ª vitória seguida e mostrou aos torcedores, pela primeira vez, Fernando, de participação ativa e em dois gols, e também Borré, que em poucos movimentos no campo mostrou ser um jogador de ações rápidas e refino técnico. Mas o jogo mostrou também alguns ajustes a serem feitos que o Gauchão ainda não havia desnudado.
O Nova Iguaçu, mesmo com um time misto, é uma equipe de bom toque, com consciência do que precisa fazer. Até a expulsão do seu volante, no começo do segundo tempo, fazia um bom enfrentamento. Tanto é que por pouco não saiu para o intervalo com o empate. Foi nesse momento que o Inter mostrou alguns espaços que precisam ser corrigidos rapidamente.
Não fosse a intervenção de Robert Renan, quase sobre a linha, o gol teria saído. É verdade também, do outro lado, houve gol salvo sobre a linha e defesas do goleiro do Nova Iguaçu. Porém, o jogo de "trocação", contra um rival mais duro, pode ser fatal.
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O técnico colorado sabe dessa possibilidade de fatalidade. Tanto é que, no final do primeiro tempo, enquanto o Nova Iguaçu atacava, ele reclamou com um dos seus auxiliares dos espaços generosos concedidos na frente da área. O que surpreendeu, porque havia Fernando na frente da área e Aránguiz à frente dele.
Fernando mostrou, principalmente nas ações ofensivas, ser um jogador de toques rápidos e de boa chegada à frente. Precisará, apenas, encaixar melhor na fase defensiva. Já Borré entrou ao mesmo tempo que Alario, reeditando a dupla de ataque dos tempos do Eintracht Frankfurt. Substituiu Valencia, autor dos dois gols e de ótima atuação.
Jogando como um atacante de movimentação, o colombiano ocupou mais a faixa direita e pisou sempre na área. Fora dela, buscou as conexões sempre com toques rápidos. Deixou ótima impressão, em noite na qual o Inter avançou em um jogo no qual venceu com folga, mas com lições a serem aprendidas.