As primeiras semanas de Dorival Júnior na CBF foram para montar a nova Seleção Brasileira de dentro e fora de campo. A primeira, todos sabemos os jogadores que foram convocados. Dorival esteve aqui na Europa, fez visitas, observações e definiu os primeiros eleitos. A outra Seleção, embora provoque menor repercussão, é tão importante como a que veremos no gramado de Wembley, contra a Inglaterra, no começo deste novo ciclo.
No primeiro dia em Londres, o coordenador executivo geral da Seleções masculinas, Rodrigo Caetano, mostrou quem será o novo time dos bastidores. Foi preciso remontar todo o estafe, praticamente. Um desafio do tamanho da camisa do Brasil, ainda mais depois do nível elevado de processos criados por Tite em sua passagem de seis anos pela CBF. Podemos dizer que Tite estabeleceu um novo padrão de trabalho e adotou rotinas inéditas para uma comissão técnica da Seleção, cuja tradição era do trabalho remoto e de períodos presenciais nos períodos mais próximos dos jogos. Com Tite, havia expediente diário.
Talvez até por saber que a régua das rotinas da Seleção ficou alta, o presidente Ednaldo Rodrigues tenha chamado para Caetano para ocupar o cargo de coordenador executivo. Trata-se de um obcecado por processos e organização, além de ser reconhecido no meio do futebol como um viciado em trabalho.
Caetano montou a estrutura executiva. Dorival, por sua vez, levou para o vestiário da CBF pessoas do seu círculo de confiança. Muitos dos nomes passaram pela Dupla. Os auxiliares serão Lucas Silvestre e Pedro Sotero. Lucas é filho de Dorival e faz parte da sua comissão desde 2011, quando o pai comandou o Atlético-MG. Naquele ano, foi com ele para o Inter. O outro auxiliar é Pedro Sotero, campeão gaúcho no Grêmio em 2021. Sotero foi para o Ceará com Tiago Nunes e, lá em Fortaleza, trabalhou com Dorival.
A preparação física da Seleção ficará a cargo de Celso Resende, companheiro de longa data do técnico. Em 2011, por exemplo, mesmo com o Inter tendo Fábio Mahseredjian, Dorival exigiu para assinar a presença do seu preparador. O outro preparador será Pedro Campos, a que o técnico conheceu no São Paulo Pedro seguirá no Morumbi, se apresentando à Seleção apenas no período de jogos.
Os novos analistas de desempenho também têm folha corrida com Dorival. João Marcos Soares trabalhou com ele no Ceará e no São Paulo, onde era o gerente de mercado. Guilherme Lyra também estava no São Paulo, como chefe da análise de desempenho. Os preparadores de goleiros não trabalharam com Dorival, mas dispensam apresentações. Taffarel está de volta e traz junto Marquinhos, ex-Inter e São Paulo.
A nova comissão contará com uma estrutura executiva com nomes também conhecidos de Grêmio e Inter. Caetano convidou Cícero Souza para ser o gerente geral de todas as Seleções. A interface entre eles e a comissão técnica será do ex-zagueiro Juan, que fazia esse papel no Flamengo. A supervisão geral, ou seja, o responsável por organizar a vida da Seleção, será Sérgio Dimas, que foi executivo do Ceará quando Dorival passou por lá e que estava no Botafogo-SP, como gerente.
O novo estafe da Seleção Brasileira
- Rodrigo Caetano - Coordenador geral de Seleções
- Dorival Júnior - Técnico
- Cícero Souza - Gerente Geral Técnico de Seleções
- Sérgio Dimas - Supervisor Geral
- Juan - Coordenador técnico
- Lucas Silvestre - 1º Assistente Técnico
- Pedro Sotero - 2º Assistente Técnico
- Guilherme Lyra - Analista de Desempenho
- João Marcos - Analista de Desempenho
- Thomaz Koerich - Analista de desempenho
- Celso de Rezende - Preparador Físico
- Pedro Campos - Auxiliar de Preparação Física
- Marisa Santiago - Psicóloga
- Taffarel - Preparador de Goleiros
- Marquinhos - Preparador de Goleiros Assistente
- Rodrigo Lasmar - Médico
- Andrea Picanço - Médico
- Felipe Kalil - Médico
- Guilherme Passos - Fisiologista