O Schalke 04 é dono da terceira maior torcida da Alemanha. Só está atrás, por óbvio, do Bayern e do eterno rival do Vale do Ruhr, o Borussia Dortmund. Nem é tanto assim. Os bávaros são donos de 18% dos corações germânicos, e o Dortmund, de 13%. Ao Schalke, correspondem 10% dos torcedores. Muito pela história ligada ao sindicalismo, na origem.
Na época durante a ditadura nazista, nos anos 1930, o clube, que seria o do coração de Hitler, ganhou seis dos seus sete títulos. Goebbels defendia que uma vitória no campo era muito mais comemorada pelo povo do que a conquista de um território.
Pois esse Schalke está a perigo de desaparecer. Depois de cair na temporada 2020/2021, voltou na seguinte, e foi rebaixado de novo. Nesta temporada, está à beira de cair para a terceira divisão. Só não entrou na zona de rebaixamento pelo saldo de gols.
Se for rebaixado, terá de começar de novo, no amadorismo. Isso porque a dívida de 165 milhões de euros teria de ser paga para que pudesse se inscrever na competição. Na nossa moeda, a dívida seria de R$ 813 milhões. Algo que, até pouco tempo, clubes como Cruzeiro, Vasco e Botafogo estavam perto de dever. O Corinthians, somando o estádio, deve menos do que isso. A salvação do Schalke é escapar do rebaixamento e, assim, seguir na segunda divisão da Bundesliga.