A derrota na Bahia trouxe, outra vez, a sombra da zona de rebaixamento sobre o Beira-Rio. É preciso, sim, ligar o sinal de alerta. Mesmo que se tenha qualidade e futebol para sair logo dali. Quando falo de "logo", podemos apontar 15 dias que serão decisivos para o Inter. É o período compreendido entre o jogo contra o Santos, no Beira-Rio, no domingo (22), e o confronto com o Cruzeiro, no fim de semana dos dias 4 e 5 de novembro.
Até lá, serão 15 pontos em disputa contra adversários posicionados na parte de baixo da tabela. Entre esses dois jogos, haverá Vasco (fora) e Coritiba e América (em casa). Serão cinco matas. Ou seja, a hora da verdade para o Inter, neste final de temporada, chegou.
Mesmo levando em conta as ausências de cinco titulares e quatro reservas em Salvador, a derrota para o Bahia cobrou um preço muito caro. Havia, depois do Gre-Nal, um otimismo capaz até de fazer parte dos colorados mirarem para a parte de cima da tabela. Mas a quarta-feira trouxe um choque de realidade, que precisa começar a ser entendido neste domingo.
O jogo contra o Santos ganhou dimensão e peso de decisão. A vitória, mais do que trazer tranquilidade, permitirá distanciar-se mais do Z-4. O que sempre garante um ar menos rarefeito e ameniza a pressão.
Os trunfos de Coudet estão nos retornos. Rochet, Renê, Johnny, Aránguiz e Enner ficarão à disposição. Ficou muito evidente o tamanho da falta que eles fazem. A esperança, nos corredores do Beira-Rio, é de que o futebol da Libertadores e do Gre-Nal reapareça com a volta deles. Nenhum time do mundo passa imune à ausência de cinco titulares. Nem mesmo o City de Guardiola.
Por outro lado, foi assustadora a queda de rendimento do time. Mesmo desidratado, era possível jogar mais contra os baianos. Faltou sustentação defensiva, faltou criação, faltou agressividade no ataque, faltou tudo. Inclusive, gol. Embora isso não tenha sido novidade. O Inter, com titulares ou reservas, se tornou em 2023 um time econômico em gols. E isso é um sinal preocupante.