Perder para o lanterna pode acontecer. O futebol permite essas surpresas. Agora, está lomge de ser acidental perder para o lanterna com uma atuação pavorosa, sem efetividade e com uma crise técnica escancarada de alguns jogadores. Um recorte recente mostra que o 1 a 0 para o Vasco está inserido em uma curva descendente que precisa ser revertida rapidamente. O Grêmio emendou o terceiro jogo sem vencer.
Antes, havia perdido para o Flamengo e empatado com o Goiás no final da partida. A última vitória foi aquela contra o Atlético-MG, salva por um gol anulado nas linhas milimétricas do VAR. Ou seja, o recorte mostra que há necessidade de retomada.
O ambiente vazio de São Januário emoldurou uma tarde ruim do Grêmio. Renato havia encontrado uma formação com três zagueiros, equilibrada e com aproximação. É verdade que neste domingo (6) não havia Kannemann. Mas daria para manter a ideia. O time fica mais compacto, com linhas próximas e perto de seu principal jogador. Não é de graça que, nos últimos jogos, a participação de Suárez no ataque tem sido bissexta.
Outro ponto. Há alguns jogadores cujo rendimento despencou. Principalmente, Bitello. Esse é um jogador central para o Grêmio, pela dinâmica e pela capacidade multifuncional. Também é ele quem mais dialoga com Suárez em suas jogadas de primeira. Só que Bitello parece sem forças. No Rio, Renato apostou em Ferreira desde o início e Nathan no meio. Ferreira ainda está com déficit, pela longa parada. Nathan, por sua vez, repete-se em um nível que agrega pouco.
Renato mandou o aviso ao grupo de que, agora, há alternativas. A fila vai andar, disse, porque chegaram novas alternativas e há jogadores que estão sem sustentar uma entrega o tempo todo. Porém, há algumas decisões que são do técnico. Resgatar Gustavinho causou surpresa. Trata-se de um jogador que ainda não disse a que veio. Outra decisão é quanto a Cuiabano. Ele é uma das grandes novidades de 2023, mas viu tudo do banco.
Por todo esse cenário, será uma semana longa no Grêmio. Com mudanças à vista ao final dela.