Mais uma vez, o Inter esteve abaixo, mostrou um futebol opaco e frustrou. O roteiro de sábado, contra o Atlético-MG, teve poucas alterações em relação ao que se viu contra o São Paulo e o Athletico, depois dos 30 minutos de lucidez ofensiva.
Levar um gol logo a dois minutos só agravou a situação. Há uma falta de variações no Inter. O time é facilmente mapeado. No Mineirão, estava claro que a saída seria em velocidade com Pedro Henrique. O que vez Chacho Coudet? Posicionou o lateral-direito Mariano como um terceiro zagueiro pela direita e deixou que o corredor ofensivo ficasse com o argentino Pavón. Anulou Pedro Henrique e imobilizou o Inter.
Luiz Adriano é um centroavante de conexões, não um jogador de confronto físico. Isolado, acaba sendo quase nulo. Assim, o Inter foi quase nulo contra os mineiros.
O quase se explica por uma mudança feita por Mano que já havia sido feita em partidas anteriores e dado bom resultado. A entrada de um terceiro zagueiro faz com que Bustos e Tahuan ganhem uma ideia que se adapta melhor às suas características. O time acaba mais equilibrado. Houve uma melhora no segundo tempo com esse sistema. O Inter passou a enfrentar maiso Atlético-MG, acertou uma bola no poste e esteve mais no ataque. Porém, tropeçou em suas limitações.
Coudet foi lançando suas cartas e criando cada vez mais. Aliás, a noite mostrou o Inter com o qual o torcedor sonhava e o Inter que ele tem. Mesmo com a vantagem, o Galo não deixou em nenhum minuto de buscar o segundo. Marcou alto, pressionou e teve sempre uma postura agressiva. Tanto que Keiller salvou o Inter em duas ou três ocasiões. Mesmo em vantagem, os mineiros estiveram muito mais no ataque. É uma lição que fica.