Uma final de Copa já é, por si só, um evento grandioso. O fechamento do grande congresso mundial do futebol marcado a cada quatro anos. Uma final de Copa com seis gols, mudanças bruscas de roteiro e reviravoltas hollywodianas é algo ainda mais grandioso. Imaginem, portanto, uma final com tudo isso e Messi e Mbappé esgrimindo em cada lance, em cada metro de campo que preenchiam com seus talentos.
Foi esse pacote inteiro de luxo que tivemos nesta noite de domingo aqui em Doha.
O que vimos o Lusail foi futebol em sua essência, com o mais alto padrão de qualidade e a carga de drama que o torna fascinante. Mas vimos mais. Assistimos aqui à entrada de Messi no Olimpo onde vivem os ídolos eternos. Ele merecia. Por tudo com o que nos brindou domingo após domingo nos últimos 16 anos, ele merecia.
Um jogador como Messi não pode ser lembrado apenas como um craque. Mesmo que, por sua personalidade e seu temperamento, só agora tenha transcendido o campo - e não muito. Seria injusto lembrar dele apenas como um grande jogador.
Agora, podemos mencioná-lo como o argentino que deixou o país em busca de uma vida melhor e voltou, quase três décadas depois, com algo que vai colorir a vida de um país inteiro. Mais, como o argentino que foi apontado como o sucessor de Maradona e, depois de tantas dúvidas, confirmou que realmente era. Ou simplesmente podemos lembrar dele como um dos maiores de todos os tempos.