A vice-campeã mundial foi mais uma seleção a decepcionar na estreia. No Al Bayt, o estádio queridinho desta Copa, com arquitetura inspirada nas tendas árabes do deserto, empatou em 0 a 0 com o Marrocos. Foi duro de ver. O jogo teve mais disputa física e transpiração do que bola no pé. Para quem é vice-campeã mundial e desembarcou em Doha cercada de expectativa, a Croácia demonstrou muito pouco. Manejou a bola no meio-campo, com nomes como Brozovic, Modric e Kovacic, mas careceu de força ofensiva. Kramaric é um atacante de movimentação, joga assim no Hoffenheim e, por isso, está longe de ser a referência ofensiva que foi Mandzukic na última Copa.
Com essa dificuldade de reter a bola na frente e com um time mais lento, submeteu-se à marcação dos marroquinos. Walid Regragri montou seu time no 4-1-4-1, com linhas baixas e muito próximas. Assim, bloqueou qualquer articulação e troca de passes dos croatas. O que fez o jogo ficar mascado e com um alto número de passes errados. Com tantos passes errados, logicamente, tivemos pouca criação.
A Croácia teve três arremates a gol apenas. O Marrocos, dois. O fato de o jogo ser disputado às 13h (horário local), sob um calor próximo de 30ºC, também interferiu. Ao final, Modric, por exemplo, estava tão esgotado que se posicionou para jogar como primeiro volante, apenas distribuindo o jogo. E quando o craque em campo vai para uma zona menos decisiva, a tendência mesmo é tudo acabar em 0 a 0. O terceiro nesta Copa.