Foi um jogo de sobrevivência, e o Inter conseguiu mais do que sobreviver. Trouxe para Porto Alegre a decisão e, no Beira-Rio, empurrado por mais de 40 mil pessoas, precisará de uma vitória simples para avançar à semifinal da Sul-Americana.
Mas nada foi fácil na noite colorada em Arequipa. O Melgar confirmou as informações trazidas aqui neste espaço e mostrou-se um time bem organizado, com conjunto que sabe como se mover em campo e que faz uso dos 2,3 mil metros de altitude acrescidos de uma umidade tão baixa que faz Brasília ser úmida.
Principalmente, no primeiro tempo, o Inter escapou. No segundo, foi resistente e soube como fechar espaços a partir da expulsão de Alemão. Foram 30 minutos arregimentado em seu campo e controlando os riscos. Saiu-se tão bem que teve a melhor chance, com Edenilson diante do goleiro.
Até a expulsão de Alemão, com 11 contra 11, o Inter teve dificuldades de esgrimir com o Melgar. Com o campo alargado e tendo a chegada de quatro jogadores de trás, pelo menos, os peruanos jogam em função do seu centroavante, Bernardo Cuesta.
Tudo é canalizado para ele, que executa as jogadas com movimentos curtos e rápidos. Não foi de graça que Daniel acabou eleito o melhor em campo. Foram, pelo menos, cinco defesas de alto grau de dificuldade. Duas delas nos últimos 10 minutos.
O grande mérito do Inter foi resistir e, com a bola, amornar o jogo e evitar que os peruanos elevassem a temperatura do jogo, como haviam feito no primeiro tempo inteiro.
Para Porto Alegre, é evidente, o Inter entra com as cartas e todo o cenário a seu favor. Não terá Alemão, suspenso, mas poderá apostar em Braian Romero, talhado em Sul-Americana, e contar com Alan Patrick a pleno. Tem tudo para avançar.