Um ponto trazido da Arena da Baixada é sempre algo a ser valorizado. Ainda mais numa circunstância de desfalques importantes. O meia, por exemplo, era o terceiro na hierarquia. Porém, pela história do jogo deste sábado, o Inter pode lamentar os dois pontos que evaporaram e saíram pelo teto retrátil do estádio do Athletico. Até porque havia chances de dormir líder e fechar o fim de semana no topo da tabela.
Mano Menezes fez uma ótima leitura do jogo e soube enfrentar um Athletico-PR que vem em alta desde a chegada de Felipão, na primeira semana de maio.
Quem conseguiu assistir ao jogo, viu um enfrentamento de primeira linha. Ambos os times adotam uma ideia de jogo alicerçada em uma defesa forte, saídas rápidas em transições velozes e muito uso do pivô com o centroavante.
Enquanto tiveram pernas e oxigênio, Inter e Athletico esgrimaram o tempo todo. O primeiro tempo foi do Inter, com mais arremates a gol, sendo duas bolas no poste, e mais controle.
Os paranaenses só ameaçaram em falhas individuais comprometedoras, como a de Vitão, ou vitórias pessoais, como a de Cannobio sobre Moisés. Parou por aí.
Porém, estamos lidando com dois técnicos matreiros. Felipão mudou a postura do time, voltou mais agressivo e empurrou o Inter para sua área com imposição técnica e volume. Chegou até ao gol, anulado porque Terans usou a mão.
Mano respondeu. Colocou Wesley e Johnny nos lugares de Alemão e Mauricio, avançou Edenilson e passou a jogar mais do que se defender. Claro que os ares de jogo europeu, na intensidade, foram se dissipando conforme o relógio avançou.
Ao final, ainda houve tempo de Johnny perder diante do goleiro no último lance. Um leve toque de Abner no pé direito do meio-campista foi salvador e manteve um empate que ficou de bom tamanho. Mas que deixou um pequeno amargor nos colorados. O domingo poderia ter sido ainda mais leve.