Era preciso vencer. E isso o Grêmio fez. O 2 a 0 no Novorizontino serviu para quebrar a série de cinco jogos sem vencer e, também, para dar um passo adiante no resgate da confiança que ajudará a fazer uma travessia mais segura pela Série B. O jogo mostrou o quanto é importante, numa competição em que os jogos são tão físicos, sair na frente e sustentar essa vantagem.
A história do jogo teve alguns sobressaltos e até momentos de desarticulação do time diante das adversidades. O que tem sido algo repetido no roteiro do Grêmio neste 2022. Até que veio o gol no final do primeiro tempo, em um pênalti observado pelo VAR. O 1 a 0 antes do intervalo foi o sopro de tranquilidade que os jogadores necessitavam e um tranquilizante numa Arena com pouco mais de 12 mil torcedores.
O Novorizontino está bem distante de ser um adversário virtuoso. É organizado, percebe-se o dedo do seu técnico. Troca passes e joga sempre à espreita do erro do adversário. Sem o compromisso da vitória diante de um gigante, passou os últimos 25 minutos do primeiro tempo trocando passes e até envolvendo o Grêmio na intermediária de ataque. Porém, sem contundência. Muito por mérito do sistema defensivo armado por Roger. A linha de três zagueiros, mais a presença de Thiago Santos na frente e a recomposição dos alas criam uma barreira na frente da área. Isso fez com que o time corresse poucos riscos.
Porém, ainda falta muito na parte ofensiva para que o time seja equilibrado entre defender e atacar. Há uma dificuldade de articular na frente. A cada jogo desde o empate com o Vila Nova e o furacão que rondou o vestiário fica claro que Roger adotou como modo de sobrevivência golear por 1 a 0, seja na Arena ou longe dela. Foi assim contra o Novorizontino. Com o plus do segundo gol marcado por Janderson e um fim de noite sem tensão na Arena. Havia muito tempo que isso não acontecia.