São 12 anos de vida apenas. O Grêmio Novorizontino usa as mesmas cores, o mesmo estádio e está na mesma Novo Horizonte. Mas param por aí as semelhanças com o Gremio Esportivo Novorizontino, aquele vice-campeão paulista em 1990, na final caipira.
Aquele jogo tinha num lado Nelsinho Baptista e Márcio Santos e, de outro, o Bragantino de Vanderlei Luxemburgo e de Mauro Silva. Os professores até hoje estão na linha de frente, os dois jogadores foram tetracampeões juntos na Seleção e fizeram carreira na Europa.
Esse Novorizontino vice paulista fechou as portas em 1999. Levou mais de uma década para que o futebol profissional voltasse a Novo Horizonte, cidade de 41 mil habitantes na região central de São Paulo. Foi quando surgiu o Grêmio Novorizontino.
Entre os fundadores e incentivadores da ideia, estava o ex-volante Luís Carlos Goiano, titular daquele time vice do Paulistão e, como todos sabemos, um dos principais nomes da era dourada do Grêmio nos 1990. Goiano foi coordenador da base, gerente de futebol e era o executivo até ser demitido em fevereiro deste ano.
Goiano foi uma das vítimas da primeira crise aguda do novo clube, até este ano acostumado apenas a subir. Foram cinco acessos em pouco mais de 10 anos. Em 2011, o Novorizontino estava na quarta divisão paulista. Dois anos depois, chegou à Série A-3. Mais dois anos e veio a subida para a Série A-2. Em 2016, disputou pela primeira vez o Paulistão.
Em três ocasiões, chegou aos mata-matas. Em novembro, subiu para a Série B. Porém, neste ano, não caiu, despencou. Em 13 jogos, perdeu 10 e empatou três.
A primeira vitória em 2022 só veio na quinta rodada da Série B. Foram quase seis meses sem ganhar. A derrocada derrubou Goiano, o técnico Léo Condé, que havia conduzido o time no acesso da Séríe C, e mais uma leva de jogadores.
REBAIXAMENTO E MUDANÇAS
O técnico Alan Aaal, ex-zagueiro com experiência como técnico na Série B, promoveu uma reformulação profunda no grupo. Chegaram 14 jogadores. Alguns deles bem conhecidos nossos, como o lateral-direito Felipe Albuquerque, formado pelo Grêmio, e os atacantes Welliton, aquele mesmo que passou pelo Grêmio, vindo da Rússia, em 2012, e Ronald, formado pelo Inter e com passagens pelos Botafogos de São Paulo e do Rio.
Outros contratados são nomes com rodagem na Série B, o lateral-esquerdo Romário, ex-Ceará, o meia argentino Diego Torres, ex-Chape e CRB, o zagueiro Ligger, ex-Bragantino, e os volantes Bruno Silva, que estava no Guarani-SP, e Gustavo Bochecha, ex-Juventude. O atacante Quirino, cedido pelo Avaí, foi goleador da Série C em 2021 pelo Ypiranga.
CAMPANHA SEGURA
As mudanças no grupo surtiram efeito. A campanha na Série B até aqui surpreende depois do começo assustador na temporada. São cinco empates, três vitórias e duas derrotas, para Chape e CSA. Porém, o alerta foi ligado pela ausência de vitórias nas três últimas rodadas (empates com Sport e Sampaio Corrêa, em casa, e derrota em Maceió).
Mesmo assim, o Novorizontino se mantém em sexto na tabela, com os mesmos 14 pontos do Grêmio. Uma possível escalação na Arena teria: com Giovanni; Felipe Rodrigues, Rodolfo Filemon, Ligger e Romário; Johny Douglas, Gustavo Bochecha e Diego Torres; Cléo Silva (Danielzinho), Ronaldo e Ronald