Cacique Medina completa nesta noite 28 dias de trabalho no Inter. Vai para o quinto jogo em 15 dias. Ou seja, está conhecendo uma realidade nova, a da pré-temporada feita enquanto joga e a do treino com selo de partida oficial.
O Inter, é verdade, fez no sábado, em Erechim, uma de suas piores atuações recentes. Escapou de uma goleada e deve isso a Daniel. Porém, tirar qualquer conclusão ou fazer qualquer análise mais profunda é desmedido neste momento. A razão é simples: Medina e o Inter que pretende montar ainda estão em pré-temporada. Será assim contra o Novo Hamburgo, a partir das 21h30min.
Nem mesmo a fase de construção da equipe foi atingida nestas duas semanas pontuadas por jogos. Por enquanto, o uruguaio está na de exploração das alternativas com as quais conta. O que ele deveria fazer no dia a dia no CT está transferindo para o campo no dia do jogo. David como centroavante, Edenilson mais avançado, no lugar de Taison, Mauricio pelo lado e pelo meio são testes. No caso de David, um equívoco, é verdade. Mas Medina busca neste momento saber com quem pode contar e onde.
Os primeiros quatro jogos já evidenciaram os problemas com as laterais, por exemplo. Heitor repete erros, Moisés bate em um teto baixo, Mercado é zagueiro. No caso dos volantes, vale o mesmo. Rodrigo Dourado está longe de atender às demandas exigidas pela ideia do novo técnico. Edenilson, mais atrás, precisará de um time mais engrenado para chegar à frente com mais frequência. Johnny ainda é uma incógnita e Liziero tem de se expor mais ao jogo e ser mais do que foi no São Paulo.
Assim, com a bola rolando, Medina faz suas observações, passa a sua ideia de jogo e deixa mais aberta para a direção e a torcida as lacunas que precisam ser preenchidas. O jogo desta noite, contra o Novo Hamburgo, terá um time com menos experiências, ao que tudo indica.
David vai jogar pelo lado, embora deva ocupar a direita e não a esquerda, onde se destacou no Fortaleza. Taison volta à função de meia central. Wesley Moraes ao ataque. Uma vitória nesta noite, é claro, ajudará bastante. Fincará o time no G-4 do Gauchão, acalmará análises nervosas. Sem contar que é melhor testar e montar o time vencendo. Mas, insisto, qualquer conclusão neste momento é precipitada. São 28 dias de trabalho e cinco jogos em 15 dias.