O Inter teve sua noite perfeita. Venceu o Gre-Nal por 1 a 0 e encaminhou o rebaixamento do Grêmio. Encerrou, assim, um ciclo de seis anos de supremacia do rival. Nem nos melhores sonhos os colorados imaginavam uma virada na gangorra com esse roteiro.
A vitória de 1 a 0 encaminhou o Inter à vaga direta na Libertadores. Mas isso nem entrou na pauta de comemoração de todo o contexto colorado, da direção ao torcedor, passando pelos jogadores. Nada foi mais importante do que empurrar o Grêmio mais para o fundo do pântano do Z-4.
O clássico, como jogo em si, seguiu a tônica de todos os Gre-Nais. Um jogo renhido, com pouco espaço e disputado no limite. Porém, havia uma particularidade que o Inter soube usar: a angústia gremista. Os colorados souberam jogar o jogo.
À exceção de Douglas Costa, que desequilibrou em jogadas individuais e venceu Saravia em quase todos os lances, todos os demais atletas gremistas foram bem controlados. Para completar, ainda foi cirúrgico. Fez o 1 a 0 e acionou a espiral que faz o Grêmio perder o norte. Quase fez o segundo ainda dois minutos depois.
No segundo tempo, com Mercado, corrigiu a única deficiência. Cedeu a bola ao Grêmio e esperou o contra-ataque. Que teve em três oportunidades, mas não soube matar o jogo.
O Grêmio, por sua vez, não deixou de tentar o empate em nenhum momento. Vagner Mancini colocou jogadores que deveriam ter começado, como Campaz, Alisson e Vanderson. Também lançou Diego Souza e Jean Pyerre. Abriu-se mais, porém, cansou, como vem acontecendo sempre no segundo tempo dos jogos.
Faltou fôlego, mas também faltou a efetividade e a clareza. Afinal, não é à toa que acumula 17 derrotas e está a nove jogos da Segunda Divisão.