Seis pontos disputados em casa contra o Sport e o Cuiabá. O Grêmio ganhou um. E isso é um sinal muito claro de que o Grêmio pegou uma estrada sinuosa e escura que deságua no pântano do rebaixamento. O jogo desta quarta-feira (6) teve momentos de superação, de entrega e requintes de epopeia. Mas epopeia contra o Cuiabá, embora organizado e com bons valores, mostra o quanto o Grêmio está perdido em um labirinto que ele próprio criou.
Felipão mudou o time, colocou Campaz como meia central, promoveu as voltas de Brenno e Kannemann e mandou a campo uma equipe com características mais ofensivas. Porém, mudou os nomes e manteve os problemas. O primeiro tempo foi uma continuação do domingo (contra o Sport). Havia espaços generosos entre as linhas, desorganização coletiva e um repertório pobre, que produziu 24 cruzamentos para a área e terminou em 1 a 0 para o Cuiabá.
Felipão voltou para o segundo tempo com Ferreira e Churín nos lugares de Campaz e Diego Souza. Mesmo que a saída de Campaz tenha sido inexplicável, o Grêmio teve mais volume de jogo, ocupou o campo de ataque e passou a criar chances. O gol de Alisson, logo aos oito minutos, parecia desenhar a virada, trouxe esperança. Porém, o Grêmio esbarrou em suas limitações.
Jorginho fez uma mexida tática para conter o avanço gremista, colocou Cafu para dobrar a marcação em cima de Ferreira e arquitetou o jogo para esperar um contra-ataque. Ele veio aos 30. No primeiro arremate, a bola saiu para escanteio. Na cobrança, veio o 2 a 1. A partir daí, foi a busca desesperada pelo empate. Ele veio com Alisson, outra vez. No fim, o 2 a 2 foi o resultado possível. Mas isso é pouco para sobreviver na Série A.