Faltando cerca de 48 horas para receber o Inter, o Olimpia corre contra o relógio para colocar torcida em seu estádio, na quinta-feira (15). O presidente Miguel Brunotte busca, com as autoridades, a liberação para colocar em prática o protocolo divulgado no domingo (11), pela Conmebol, que permite até 50% da capacidade nesta retomada de Libertadores e Copa Sul-Americana. No caso do Manuel Ferreira, seriam 12 mil lugares liberados.
Para que isso se concretize, no entanto, é necessário o alinhamento com as autoridades locais de saúde. Como o Paraguai iniciou, nesta segunda-feira (12), um programa de vacinação massiva da população, todas as energias e atenções do Ministério da Saúde do país estão concentradas nisso.
A vacinação vinha em ritmo lento no país, mas houve a chegada de 1 milhão de doses enviadas pelos EUA e mais 1 milhão compradas pelo governo. Então, foi lançado um programa com 217 postos espalhados pelo país, e a meta de imunizar 90 mil pessoas por dia. Nesta terça-feira (13), por exemplo, estavam habilitadas a se vacinar pessoas acima de 35 anos.
Na próxima segunda-feira (19), será decretado feriado nacional para que as pessoas possam correr aos postos. Diante dessa mobilização das autoridades, sobrará pouco tempo para estudar o pedido do Olimpia e preparar um plano até quinta-feira para receber público nos estádios. Além disso, o Cerro Porteño teve negado o pedido de contar com 50% de público no Nueva Olla, nesta terça-feira, contra o Fluminense.
Como a rivalidade entre Cerro e Olimpia é acirrada, dificilmente as autoridades permitirão que apenas um deles tenha as arquibancadas ocupadas. A aposta, em Assunção, é de que a torcida volte aos estádios nas quartas de final. Se os dois clubes — além do Libertad, na Sul-Americana — avançarem, é claro.
