Enfim, o Inter venceu. Enfim, o Inter venceu em casa. Enfim, o Inter fez um gol que não tivesse origem em bola parada. Enfim, o Inter jogou com alguma autoridade e mostrou uma firmeza em determinados momentos do jogo. Foram vários "enfins" no 1 a 0 conquistado com muito suor sobre o Juventude. E olha que, para suar na noite gelada deste domingo (18), o sujeito tinha de correr no limite. Foi isso que o Inter fez e, por isso, construiu o 1 a 0 sobre o Juventude.
Foi um jogo de momentos. Os primeiros 20 minutos dos colorados foram de intensidade, de aplicação das ideias de jogo de Diego Aguirre, com marcação sufocante no ataque, roubada de bola, transição rápida e cinco chances criadas. Só que, a partir dos 25 minutos, o time arrefeceu, foi se submetendo à marcação do Juventude e só escapou de levar o 1 a 0 por obra do VAR e de um erro de Foster, que usou o braço para empurrar a bola para a rede. Aliás, Daniel também precisa agradecer, porque a falha na saída do gol foi primária.
O segundo tempo foi um terceiro momento. O Inter começou, mais uma vez, em cima, em cima do Juventude. Assim, construiu seu gol, em uma jogada de 2020, com cruzamento de Heitor e cabeceio de Galhardo. A partir daí, com espaço, conseguiu articular melhor e quase fez um gol de beleza plástica, no qual Edenilson deu chapéu, Galhardo assistiu com classe, mas Taison cabeceou fraco.
Taison, aliás, jogou uma hora, foi aceso e saiu possesso porque errou gols. Mas sua raiva foi exceção numa noite em que o Inter recuperou o ânimo e se aqueceu para a decisão de quinta-feira, com o Olímpia. Isso porque ganhou depois de seis jogos, venceu em casa depois de 70 dias e, enfim, sorriu. Fazia tempo que isso não acontecia.